Poesia Permanente

"a forma de escrever é provisória, a poesia é permanente" Rosa Lia Dinelli

Saudade é nada
Em tudo que passou
Agora impregnado no meu ser

Saudade é pouco
Do muito que inflei qual balão
Voando zeppelin no desconhecido

Saudade é nada
Em tudo que retornou
Agora masturbador de meus desejos

Saudade é pouco
Do muito que rapidamente passou
Tão lento que é para se passar

Senão tão impossível
Possível de se voltar atrás
De olhos fechados mergulhar
Em meio as rochas nesse mar
Nesse oceano de paradoxos inesquecíveis

Senão não é nada perto de saudade
Saudade é nada longe de tudo
Saudade é pouco pro que respiro agora
A dar meia volta em si
Olhando até quando não for mais saudade.

Ao Rio de Janeiro

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