Poesia Permanente

"a forma de escrever é provisória, a poesia é permanente" Rosa Lia Dinelli

Nada mais tem nome nesse país
Só eu tenho, mas não tenho residência
Nem telefone, nem e-mail
Ou qualquer comunicação para contato
Eu só me tenho...

Só quero achar o 5 do 2+2
E despistar meu ponto fixo
Não há casas, nem peito, nem abrigos
Só há o céu reluzente do meu mundo
E o chão dos mortos onde piso

Tire esses números daqui
Que meu lugar não tem número
Não tem rumo o jeito meu
Nem prumo o meu destino
É uma linha começo e fim
Para quando chegar o meio
Passar o trem e eu partir...
Sem residência!

(Continuação de "Sem Nome". Parte da Série "Sem Nada". Continua na pt. 3 em "Sem Lembrança")

1 Reflexos Permanentes:

Esse me lembrou wanderlust!

Ambos me lembram o meu plano de vida: me tornar uma cidadã do mundo! Sem residência fixa...

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