Poesia Permanente

"a forma de escrever é provisória, a poesia é permanente" Rosa Lia Dinelli

São elas
As malditas percorrentes
Das vias cerebrais
Me preenchem de fatos
De fetos, de desgostos
De engodos e depravação
Reprovação evacuada nos esgostos
Militantes presos na corrente

E agora foragidos
As malditas percorrentes
Me passeiam provocantes
Despertando emoções alheias
Vis, imateriais, imorais
Recordações, não mais memoriadas
Chuva de lavagem crucial
Cerebral formatação de tudo...

Menos de mim
Que permaneço ao meu redor
Repleto de nada
Sigo agora sem momento
Sem lembranças, sem medo
Sem gelo, sem frio ou calor
Somente os cabelos ao vento
Virgem do pesadelo mediocre
Que apagou minha memória
E eu começo em mim mesmo...

(continuação de "Sem Nome" e "Sem Residência". Parte da série "Sem Nada". Continua na pt. 4 em "Sem Sentimento")

1 Reflexos Permanentes:

Tenho tentado deixar algumas lembranças para trás... Não que me arrependa, sou hoje a experiência de erros de ontem.

Mas tem alguns momentos que vou seguindo sem momentos, isso às vezes incomoda.

Non je ne regrette rien

Seguidores