Poesia Permanente

"a forma de escrever é provisória, a poesia é permanente" Rosa Lia Dinelli

O que você ouviria para escrever algo profundo? Não sei se seria bem a necessidade de escrever algo profundo ou ouvir algo profundo... mais profundo do que o que se possa expressar poeticamente. Arvo Pärt é sempre uma resposta milimetrada. De tal forma que preenche o vácuo que a profundidade da situação me deixa e evacua de forma simples palavras que precisam ser arrancadas... esvaziadas de mim. Por pouco, muito pouco, senão momentos raros a prosa me abaraca de forma abraçante e desumana. Talvez a objetividade que a maioria de suas produções exigem eu corra para longe dela de forma a me aproximar mais rapido da subjetividade e da psicodelia da construção estrofal da poesia. Uma cirurgia. Tá aí, não escrevo coisíssima nenhuma. Sou nada nada de poeta. Sou um cirurgião. Mas tudo acasualmente, porque na verdade queria ser (quero e serei) um músico. Só não sei a partir de quando.

Ouvindo "Ludus", da peça "Tabula Rasa", do conjunto de sinfônias de Arvo Pärt.

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