Poesia Permanente

"a forma de escrever é provisória, a poesia é permanente" Rosa Lia Dinelli

Ela se fantasiava da mais pura incor

E os olhos interligados em outros

Barreiras permissivas da maçã

O pomar repleto de frutos

E os frutos pecaminais tão verdes

Intocáveis a cair

Ela apenas lustrava as maçãs

Os olhos na vitrine à se seduzir

Pelas falas quadriculadas em poucos lençois

Frutos verdes, intocáveis e tão duros de seduzir

Caindo cintilantes aos olhos da madrugada

De um último suspiro realizado!

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