Poesia Permanente

"a forma de escrever é provisória, a poesia é permanente" Rosa Lia Dinelli

Os dias são sempre dolorosos. É com o dia que se perde, se dispersa, se come, se envenena. São os dias que levam ao descontente desconhecimento. São eles que colocam de forma imposta a presença de seres que levam ao descaminho. As tarde são sempre convalescentes. Nelas os pensamentos se recolhem e vêm toda a desordem do dia. Toda a tempestade diante do sol passa a esfriar. E então chega a noite. É nela onde o conhecimento é extremo, pois a solidão é extrema. A companhia consigo mesmo traz o conhecimento e o autodomino. A falta da luz do dia faz com que seja vista a luz interior. Se absorve todo o repente do tempo ensolarado. Misturado com o ar frio da noite uma química produz orvalho. É a semente que está para crescer. Na noite é que se deve plantar, porque o sol está por vir e a madrugada é curta.

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