Poesia Permanente

"a forma de escrever é provisória, a poesia é permanente" Rosa Lia Dinelli

Tudo o que é posse
Tudo o que é poça
A lama do pote
A voz que me ouça

Todo o tamanho
Todo o caminho
A força que ganho
O dedo no espinho

A mão que balança
A outra abre o olho
Tudo que avança
Tudo é joio no trigo que colho

Sempre que a gente
Se perde no passo
Há sempre um espaço
E outro pé a frente

Nunca se valha
Do tempo que corre
A estrada que morre
Por não ter escolha

Conte as pegadas
Que ficarama para trás
A escolha é voraz
Mas sevê as estradas.

0 Reflexos Permanentes:

Seguidores