Suas palavras não me oprimem. Já essa intensa interiorização leviana leva meu âmago a paixões eternas. E sempre que preciso são retiradas categoricamente de prateleiras; de extrema organização cronológica e espaço reservado para arquivo-morto. E nenhum arquivo cristão. Mas há sempre algo que me toma de ansiedade quando revisitado por fantasmas pretéritos. Meu perispírito é uma casa mal assombrada.
Não me pergunto mais o porquê dessa opressão pulsar o meu sangue. Pois ela está no sangue, no corpo e na alma. Não há reflexos que expliquem de onde nada vem. E ao mesmo tempo é uma paz descer esses degraus e atingir todos os pavimentos dessa estante inexplorada por mim e tão permissiva ao toque de qualquer um que nunca vem.
A minha respiração são notas musicais em labaredas de tons graves e frios. É espada de sopro que invade perfuradora de todas essas remanescências fichadas. Meus membros aracnídeos mantêm pés no presente, no passado e principalmente no futuro; o qual nada se é galgado a longo prazo.
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de
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Filipe Freitas
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