Poesia Permanente

"a forma de escrever é provisória, a poesia é permanente" Rosa Lia Dinelli

Lado A

Eu procuro por todo lado
Abaixo a tampa da vitrola
Eu viro o disco
E me arranho para encontrar
Eu me apanho desligado
Fico antenado quando deve
Eu sintonizo o mesmo aparelho
Atravesso a esquina
Eu viro o disco
E ainda ouço a mesma música
Eu me arrisco cegamente
Não me ponho em risco
Eu vou cautelosamente
eu viro o disco
Eu me vejo parado na loja de cd
Sempre à espera
Não sei de quê, não sei de quem
Eu fico em rota
Em rotação por minuto pulsando
Meu pulso perde a rota desse leme
Eu procuro por todo lado
Levanto a tampa da vitrola
E mais uma vez...
Eu viro o disco
*
Lado B

Eu viro o disco
E mais uma vez...
Abaixo a tampa da vitrola
Eu procuro por todo o lado
Meu pulso perde a rota desse leme
Em rotação por minuto pulsando
Eu fico em rota
Não sei do quê, não sei de quem
Sempre à espera
Eu me vejo parado na loja de cd
Eu viro o disco
Eu vou cautelosamente
Não me ponho em risco
Eu me arrisco cegamente
E ainda ouço a mesma música
Eu viro o disco
Atravesso a esquina
Eu sintonizo o mesmo aparelho
Fico antenado quando deve
Eu me apanho desligado
E me arranho para encontra
Eu viro o disco
Abaixo a tampa da vitrola
Eu procuro por todo lado.
*

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