Poesia Permanente

"a forma de escrever é provisória, a poesia é permanente" Rosa Lia Dinelli

Meu peito é um velho viajado
Que nunca saiu de seu metro quadrado

Minha velha alma
É um jovem sedento de vida

Meu corpo é um redento de paradoxos
Pronto para pular d'um precipício

E voar...
Até que as penas desabem
E construam meu novo castelo

Meu reino
Será de flores amarelas
Que seguem a luz da realeza

Minhas mãos são enrugadas de dedos
Que sempre tocaram todas as coisas

Meus pés de asas cortadas
Para pousar todos os sonhos no chão

Minha cabeça é uma ilha deserta
Onde posso estar sempre só

E viver...
A vida tem 360º
Onde os ponteiros um dia param

Meu relógio
Marca passo a passo dessa trilha
Que um dia cessará a viagem.

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