Da corbetura de um 4° andar
Vejo um pedaço de serra
A tempestade segura no ar
As vozes da rua adentro da janela
*
E meus pensamentos
Voando em sonhos a cultivar
Avistam do alto a vida de bem
Aterrissa da real dificuldade
Taxiando no pé de uma escadaria
Por qual degrau começar?
*
Eu vi o mar
Perdido nas linhas e entrelinhas
Da claustrofóbica caixa gigante
De concretos óbvios da atualidade
*
Aspiro e bebo venenos
Na busca de rimas que me faltam
A chuva cai fina em clima ameno
E tudo está no primeiro dito
E tudo está em nada
E está também no refrão.
***
Guarujá/SP, 26122008
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