Poesia Permanente

"a forma de escrever é provisória, a poesia é permanente" Rosa Lia Dinelli

Da corbetura de um 4° andar

Vejo um pedaço de serra

A tempestade segura no ar

As vozes da rua adentro da janela

*

E meus pensamentos

Voando em sonhos a cultivar

Avistam do alto a vida de bem

Aterrissa da real dificuldade

Taxiando no pé de uma escadaria

Por qual degrau começar?

*

Eu vi o mar

Perdido nas linhas e entrelinhas

Da claustrofóbica caixa gigante

De concretos óbvios da atualidade

*

Aspiro e bebo venenos

Na busca de rimas que me faltam

A chuva cai fina em clima ameno

E tudo está no primeiro dito

E tudo está em nada

E está também no refrão.

***

Guarujá/SP, 26122008

0 Reflexos Permanentes:

Seguidores