Poesia Permanente

"a forma de escrever é provisória, a poesia é permanente" Rosa Lia Dinelli

Um fio de gás

Passa por minha cabeça

E minh'alma

Inebria-se do volátil

*

Toda concretitude

Se faz material

E me abraça

Transversal do tempo

*

Eu quero um bonde

Um monte bem alto

Onde nada se afogue

E que se um dia chover

São lágrimas de não sei o quê

Eu quero a fé dos imortais

Eu quero amar

*

Uma faísca dadaística

Atravessa a escuridão

Onde haverá tempo

Para tudo se analisar

*

Tudo ao meu redor

Se traduz em universo

Do recôndito mais particular

Onde guardo intacto o verbo amar.

Rj, 11122008

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