Um fio de gás
Passa por minha cabeça
E minh'alma
Inebria-se do volátil
*
Toda concretitude
Se faz material
E me abraça
Transversal do tempo
*
Eu quero um bonde
Um monte bem alto
Onde nada se afogue
E que se um dia chover
São lágrimas de não sei o quê
Eu quero a fé dos imortais
Eu quero amar
*
Uma faísca dadaística
Atravessa a escuridão
Onde haverá tempo
Para tudo se analisar
*
Tudo ao meu redor
Se traduz em universo
Do recôndito mais particular
Onde guardo intacto o verbo amar.
Rj, 11122008
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