Poesia Permanente

"a forma de escrever é provisória, a poesia é permanente" Rosa Lia Dinelli

Haverá o dia em que te mato
Mas te mato de morte bem matada
Não de sono como desses
Quando em vez você acorda

Dou cabo até o fim da estrada
Sem virar curva nenhuma
Mas te mato até a última fagulha
Sem direito a cantar bis

Essas dormidas não são morte nenhuma
É só mais um fim, já já é começo
Eu não descanso enquanto existir
Um pedaço em mim dessa história toda

A cada ciclo é um novo homicídio
Da próximo te roubou para ser latrocínio
O que não dá é o tempo passar
E toda essa coisa ainda viver.

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