Poesia Permanente

"a forma de escrever é provisória, a poesia é permanente" Rosa Lia Dinelli

Minhas páginas desse disco
Eu não me mudo
Não saio desta cadeira de balanço
Definho no meu ranso
Mas me afasto fatalmente disso

Como entranha do prefixo "des"
Desconfiguro, desarmo, demancho
Todo esse pó de lágrimas
Em sangue quente e viril
Uma cabeça como um lado de vinil

Eu nasci não sei há quantos anos mais
Não conto pra frente nem pra trás
Dobro esquina em esquina
Enxergando minha sombra idosa
Querendo voltar pra trás...
É noite...
E minha alma vive à frente de tudo
Inclusive de mim
Em resguardo à sua moradia
Estou de tudo ausente e fora
Fora de moda, da linha do tempo
Sempre o meio termo decidido
Começo de tudo para os dois lados
Eu sou a circunferência resumida a tudo.

1 Reflexos Permanentes:

e eu sou a esprial do nada...

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