Poesia Permanente

"a forma de escrever é provisória, a poesia é permanente" Rosa Lia Dinelli

Abra as asas
Mostre esse peito dilacerado
Arranque as cicatrizes
E teça asas para voar

Feche os olhos
Olhe bem essa alma completa
Junte todos os laços
E teça asas para voar

Os passos são passos que passam
Estradas são penhascos
Plataformas sempre prontas
Para esse corpo levantar vôo

E voôu abertamente
Asas, peito e braços
A cima de todo o horizonte
Karmaticamente abraçou o mundo

Sem penas, sem cortes, sem queda
Sem dores, sem mágoas, sem marcas
Só sonhos, só nuvens, só destino
Somente só, somente amor, somente asas...

4 Reflexos Permanentes:

vira e meche
venho aqui
beber um pouco
do seu sentimento
fazendo com que seja
meu o que você sentiu
naquele momento,
mas é meu e de todos nós
porque o que se sente
se sente de toda forma
a todo custo
em todo momento
por todo mundo...

isso tudo é uma desculpa
esfarrapada e letrada
pro roubo escrachado
de migalhas da tua válvula

meche a mecha
do mechilão
mexe e remexe
enquanto escrevo
pergunto-me:
é com "x" ou "ch"?

e quando o vôo estiver alto, a saudade... do sangue, da lágrima e do (des)amor. Hora de quebrar as asas e CAIR novamente...
Não se sabe quanto mais solitário é, viajar com as nuvens ou sentir a acidez do vômito do que se comeu.
o que te faz humano, senão a podridão?

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