Poesia Permanente

"a forma de escrever é provisória, a poesia é permanente" Rosa Lia Dinelli

Quem nunca pensou em se despedir? Quem nunca pessou dar-se cabo pelo menos uma única vez? Quem nunca pensou em uma overdose única paa um adeus? Vai dizer que nunca pensou nisso?, pelo menos uma única vez!

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OVERDOSE


Na lembrança ficará o perfume;
Na alma ficará a saudade!
A volúpia atitude de dar as costas ao público e
Tropeçar no palco, fará destas letras a última marca de quem
Será surrado e esquartejado pela natureza do inconsciente.

Arrancará o encéfalo e jogará urina em cima para regar...
Talvez nasça a humanidade da qual a Terra merece;
Para que possa acenar um adeus a quem dorme
E espera a eternidade acorda-lo no seu mundo.
No mundo que a só ele compete!

Agradecer e saudar por não prosseguir
E sentir o pesar por não ter escutado e ter ido de carona...
E velar pelo óbito do egoísmo e da inconseqüência
E derramar os oceanos pelos olhos, em cascata, no horrendo córrego da vida.
E tropeçar e cair de cara com o sono do desejo.

Tocam as harpas e acompanham-nas os violinos
Extasiando o coração de quem sempre se crucificou e
Sempre foi surrado pelo desentendimento.
E se despede com a mão no peito... contando...
Batida a batida de um coração que ressequiu.

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