Poesia Permanente

"a forma de escrever é provisória, a poesia é permanente" Rosa Lia Dinelli

Queimou meus lábios
Queimou meus dias
Minhas falas e minhas cores
Queimou meus corredores silenciosos

Incendiou minha cachaça
Incendiou minha fumaça
Meus vicíos de nada vezes nada
Incendiou meu peito sem acidez

Comeu a minha língua
Comeu o meu futuro
Meus projetos tão egocentristas
Comeu até meu sobrenome

E que passe o resto dos dias a me consumir
Nesse ciclo infinito...

A Bruno Almeida

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