Poesia Permanente

"a forma de escrever é provisória, a poesia é permanente" Rosa Lia Dinelli

De tanto em tanto contos
Em que prato anda essa fome
Se os talheres dessa rédea
São guiados pelas forças populares

Em que pátio astia-se a bandeira
De cada leme em sua mão
Se o timão da embarcação do mundo
É programado a navegar contra o universo

Por isso me rasgo
Me armo
Me alço
Me farto de tudo e de todos
E me jogo em queda livre
Nesse poço
D'onde todos dizem se fartar de água
Mas ainda caio
Sem ao menos ver um fim.

0 Reflexos Permanentes:

Seguidores