Poesia Permanente

"a forma de escrever é provisória, a poesia é permanente" Rosa Lia Dinelli

É quando estou mais eu
Passeando por dentro de mim
Observando todo o movimento
De minhas ruas que não conheço
Que até me esqueço dos outros

É quando ponho os pés no firme
E o firmamento fica distante
De todos os pratos que giram
E vira tudo realidade interna
O mundo não está mais alheio

O sopro vem e me flutua
Pra perto de onde as ruas
Me afastaram sem mim
Sem o meu querer querido
Abre em meu peito a cicatriz
De todo um sentimento sofrido
E os pratos giram entorno do fim

É quando já não sei do tráfego
Tantas placas e tantos sentidos
Reunidos num só desgovernado destino
Em tanto "se" de um futuro presente
Onde todo passado está reunido

É quando me encontro na rótula central
E o tráfego te leva pra onde
Minha alma cega pra te ver
E eu penso a todo segundo
Que é hora de parar o passeio.

A Danila

0 Reflexos Permanentes:

Seguidores