Poesia Permanente

"a forma de escrever é provisória, a poesia é permanente" Rosa Lia Dinelli

Chá Das Cinco Com Dalí


Sabe aquele dia
Bem no fim da tarde
Lá no passo fundo
Do meu coração

Eu olhei pro céu
Vi estrelas ao dia
Não era alucinação
Eram os meus pés no chão

Lembra do encosto duro
Da minha cadeira
Onde sempre sento para escrever
E sai os rabiscos da minha mão

Liguei o ventilador
E mirei-o ao teto
As areias dos sonhos
Voaram por meus cabelos

Façamos aquele chá de leite
Que se toma com semente de girassol
Embaixo da luz da lua
Em cima de uma serra imaginária qualquer

Respire fundo todo esse suspiro
E espirre o sonho em bambolê
Na saúde de querubim caído
Que o inverno já chegou!

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