Poesia Permanente

"a forma de escrever é provisória, a poesia é permanente" Rosa Lia Dinelli

14
de

Brilha!

Sempre que puder

Além da estratosfera

Sua luz do amanhecer

Reina!

Como o dia

Todo o dia e noite

E a luz nunca esmorecer


Até que a paz

De ti em ti vigore

E em relva teu ar colore

A aquarela do simples ser


Atinja

Além de todos os horizontes

Mantendo sempre à sua fronte

A luz eterna do amanhecer!


131009m

14
de

Sobre o tempo

O desejo fulminante

De um sol de veraneio

E pois veio

Uma bruta tempestade


Bem se sabe

Destas terras brotam medo

Desde quando a chuva caia

Quando d'antes nasceria o sol


E não mais

No aparecer da tarde

Cair gotas solares

Onde tudo o que se quer

É chuva


Bem a noite

Quando o tempo melhora

Se descobre, bem por hora

Que sobre o tempo

Não se quer mais desejar.


121009

7
de

Saudade dos tempos

Em que tudo se resolvia

Com choros e charmes...

Jogos psicológicos

Do inocente amor


D'antes baixo

Bem abaixo

Da minha sombra atual

O tempo passar era sonho

De ver a sombra esticar


Tão hoje

O tempo nos engole voraz

Ansioso deste mesmo

Passar agora às contas

Puxa o freio!


Queria eu

Tudo retardar

Ou ao menos retroceder

Para com choros e dramas

Tudo novamente se resolver!


021009

7
de

Diante daquelas portelas

O portal sempre distante

A uma mão dominante

Pronta para abrir elas


E no quão do mais certeiro

Um futuro nada derradeiro

Onde as plantas darão flores

E delas surgirão todos os amores


Ao que seduz

Ao que implica

A tudo o que indica

Que o caminho é luz


Ao sabor

De tudo o que evoca

E sempre se provoca

Um jardim de amor!


011009

25
de

Eu quero apenas,
Criador de todas as curvas
Que o vento não a faça
Nem sem força pare à rua

Seja apenas,
Cidadão do meu não-domínio
Retilíneo ao inevitável precipício
Ativando rumando à bondade eterna

Só não se esqueça,
Oh, Eu das coisas
De seu passo sempre puro
E dos ares transparentes
Que sempre respiras

E te curvas
Abraçado na tua verdade
Regando ao seu legado
As lágrimas da felicidade

200909M
Título por Diomedes Neto

25
de

Me alvoreço
Em raios de mim
Assim de quando em vez...
O bom é vez em sempre
Tudo o que se deve
Poderá
Tudo o que se pode
Deverá

Acontecer
Em cada conto
Desta conta de pedrnhas
Umas brutas
Outras tais tão preciosas
Tudo se vale

Quem conta um conto
Aumenta um ponto
Tal qual a ave
Que tão robusta de grão em grão

Abro as portas
Do mais simples
Castelo...
Alvoreça!

240909M

23
de

Meus espaços
Estão abertos
Neste cilindro opaco
Subir e descer
Apenas onde o vento passa...

Tão distante
Esta antena
Sintonia gigante
Radiação do não saber
Apenas querer...

Todos os pontos estão pingados
Basta uma mão para ligar
Desenho feito com a mão do tempo
Arte final pra recomeçar...

Não mais
Sair de casa
Sem acender a luz
Tudo está na penumbra
Brumas da decisão

A mão do tempo está pronta
Para começar a desenhar
Mesmo sem pontos tudo se liga
E as duas mãos irão se juntar...

Sem fim...

230509m

Seguidores